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SIGEVIT

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IMPACTO

Obter resiliência pela gestão da variabilidade

DESCRIÇÃO

O Capital Natural representa o conjunto de bens e recursos naturais dos quais a sociedade depende e impacta. As funções dos ecossistemas, que podem ir do sequestro de carbono à regulação hídrica ou conservação de biodiversidade, representam as funções de produção, regulação e culturais que os ecossistemas proporcionam, assim como a possibilidade de cocriação de estratégias entre partes cooperantes. Os serviços dos ecossistemas são o subconjunto daquelas funções que possuem utilidade para as atividades humanas.

Os habitats e ecossistemas mais importantes, quer pela presença de espécies raras e ameaçadas, quer pela existência de recursos biológicos valiosos, não se distribuem de forma homogénea nem ocorrem de forma desligada das várias ocupações e usos dados ao território. A existência de alto valor natural (biodiversidade com valor de conservação) ou alto valor ecológico (sistemas naturais e recursos silvestres com relevante valor socioeconómico) pode ser avaliada e mapeada, para otimizar a sua gestão e promover um uso sustentável.

Tanto ao nível da agricultura como da produção florestal ou de energias renováveis, a necessidade de apostar na descarbonização e de entender como funciona o risco ecológico (ex.: perda de biodiversidade, desregulação de funções ecológicas de proteção das culturas) e climático (ex.: desregulação do ciclo de sequestro de carbono, alteração dos padrões sazonais, incêndios florestais, cheias e secas) torna-se essencial para planear a curto, médio e longo prazo as diferentes fases de evolução e adaptação do modelo de planeamento e gestão.

Os ecossistemas, sejam naturais ou geridos pelas atividades humanas, vão muito para além de ‘paisagem’, são fontes de produção de alimentos, água, bioenergia, entre outros bens e serviços, assim como da regulação dos ciclos de nutrientes, das populações de polinizadores e inimigos naturais das pragas das culturas, do risco de incêndios e desastres naturais e são fundamentais para o sequestro de carbono e respetiva mitigação climática. Além de tudo isto, ainda nos enriquecem culturalmente, propiciam experiências de lazer e aprendizagem e inspiram-nos pela sua beleza e características distintivas. Todos reconhecemos que muitos destes serviços não podem continuar a ser identificados como externalidades e a valer zero para a economia.

Com este projeto pretende-se realizar um levantamento exaustivo da biodiversidade e serviços dos ecossistemas para explorar a hipótese de os integrar num sistema de gestão local das explorações vitícolas da empresa, com vista a utilizar a economia de base natural no planeamento e desenvolvimento operacional sustentáveis da produção vitivinícola, orientada pelos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.